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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O novo ano de sempre

  Passadas as primeiras semanas de janeiro de um novo ano que se inicia, há a contínua e vagarosa volta à realidade por parte de todos. As festas de fim de ano fazem as pessoas ficarem meio "fora do ar", em uma espécie de torpor. Há certa euforia e exaltação coletiva, com inúmeras confraternizações e reuniões, o que evidencia nossa necessidade de encerramento de um ciclo. Parece que uma onda de esperança toma conta e tudo de ruim é deixado para trás com o ano que se foi. Realmente necessitamos fazer esse fechamento, encerrar tal ciclo para dar início a outro, com maior gás.

  O tempo, assim como a virada do ano, é um conceito abstrato e sua contagem foi definida por nós para melhor nos organizarmos e adaptarmos. Entretanto, o ano muda e os problemas, as dívidas e frustrações permanecem. Mas ficam também as alegrias, a esperança e, principalmente, a capacidade de cada pessoa superar. Fazemos rituais, pensamento positivo, quase como um pensamento mágico:  usa-se roupa branca, amarela ou da cor que a intenção prevalecer; comer lentilha; uva; pular 7 ondas; tomar banho de mar, e tantos outros rituais quanto a imaginação permitir. Nada contra, a fé, e não me refiro somente à religiosa, é indiscutivelmente necessária, mas nada disso adianta se não nos propusermos estar em movimento. Não é uma virada de ano que definirá sua vida, e sim suas atitudes. Assim, mais do que um novo ano que se inicia, a esperança em cada recomeço é importante em qualquer tempo, inclusive, no seu. E talvez essa seja uma das principais e maiores características/trunfos do ser humano: a capacidade de recomeçar, de adaptação e readaptação, em um contínuo movimento, um constante vir a ser. Como atestou Darwin. "não vencerão os mais fortes ou os mais inteligentes, e sim os que melhor se adaptarem". A maleabilidade, flexibilidade e jogo de cintura tão necessários para a saúde, física e mental, o movimento que não nos cristaliza impedindo de evoluir, seja lá em qual sentido for. E temos ainda mais de 350 dias à frente para fazê-lo, até que estejamos, mais um vez, prontos para recomeçar.

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